Direita cosmopolita (ou por que razão preferimos um indiano trabalhador a um português parasita)
HENRIQUE RAPOSO
1.Qual é uma das grande preocupação dos liberais? Resposta: a criação de regimes políticos cosmopolitas. Por isso, os liberais serão sempre inimigos daqueles que insistem em produzir derivas identitárias, nacionalistas, racistas. É verdade que todos os povos têm direito à sua memória, às suas tradições, à sua vida em comunidade. Mas isso não pode excluir os indivíduos de outras tradições, de outras comunidades.
2. O Liberalismo Clássico tem como ponto de partida o indivíduo. Portanto, a tradição não está acima do indivíduo. A tradição não pode ser imobilizada e sacralizada. Não existe uma Ideia que pensa por nós… O apelo à tradição deixa de ser legítimo quando subalterniza os indivíduos e quando exclui o outro, o estrangeiro, aquele que não pertence ao sacrossanto (e reaccionário) Nós. O Direita Liberal prefere um indiano trabalhador a um português parasita.
3.Os liberais lutarão sempre por regimes constitucionais que garantam a entrada de estrangeiros. O estrangeiro deve ter os mesmos deveres e direitos do nacional. Um regime liberal baseia-se no primado do indivíduo e na igualdade universal perante a lei. Queremos um Portugal que coloque um indiano a par do português. São ambos indivíduos iguais perante a lei. O Direita Liberal prefere um chinês honesto a um português desonesto.
4. O Liberalismo clássico assenta numa noção de dignidade humana, situada a montante de todos os indivíduos, sejam eles portugueses, indianos ou esquimós. O Direita Liberal prefere um esquimó com vontade de trabalhar a um português com o hábito do encosto.
1.Qual é uma das grande preocupação dos liberais? Resposta: a criação de regimes políticos cosmopolitas. Por isso, os liberais serão sempre inimigos daqueles que insistem em produzir derivas identitárias, nacionalistas, racistas. É verdade que todos os povos têm direito à sua memória, às suas tradições, à sua vida em comunidade. Mas isso não pode excluir os indivíduos de outras tradições, de outras comunidades.
2. O Liberalismo Clássico tem como ponto de partida o indivíduo. Portanto, a tradição não está acima do indivíduo. A tradição não pode ser imobilizada e sacralizada. Não existe uma Ideia que pensa por nós… O apelo à tradição deixa de ser legítimo quando subalterniza os indivíduos e quando exclui o outro, o estrangeiro, aquele que não pertence ao sacrossanto (e reaccionário) Nós. O Direita Liberal prefere um indiano trabalhador a um português parasita.
3.Os liberais lutarão sempre por regimes constitucionais que garantam a entrada de estrangeiros. O estrangeiro deve ter os mesmos deveres e direitos do nacional. Um regime liberal baseia-se no primado do indivíduo e na igualdade universal perante a lei. Queremos um Portugal que coloque um indiano a par do português. São ambos indivíduos iguais perante a lei. O Direita Liberal prefere um chinês honesto a um português desonesto.
4. O Liberalismo clássico assenta numa noção de dignidade humana, situada a montante de todos os indivíduos, sejam eles portugueses, indianos ou esquimós. O Direita Liberal prefere um esquimó com vontade de trabalhar a um português com o hábito do encosto.
3 Comments:
Não sou nem de direita nem liberal, mas gostei do artigo.
Gostei do artigo, Henrique. Acho optimo esclarecer bem o que se entende por essa palavrinha magica. E sobretudo perceber que o (ab)uso que alguns na blogosfera fazem disso nao ajuda nada 'a "causa liberal" - nome algo paradoxal, mas enfim.
Pelo menos, até aqui, estou convosco. A ver vamos. Abraço.
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